Selo OEC

Justa e Perfeita Loja

Oração e Caridade nº 22

BLOG

Os distintos ramos da Tradição

ATA DE “RENÚNCIA” A RESTAURAÇÃO DA ORDEM DO TEMPLO (CONVENTO DE WILHEMSBAD, 1782)

O sistema de filiação e restauração relativo aos títulos, riquezas e quaisquer posses dessa Ordem é absurdo, ridículo e ilícito…

80º ANIVERSÁRIO DO DESPERTAR DO RER NA FRANÇA

Em 19 de dezembro de 2015, o Grão-Mestre/Grão-Prior do G.P.R.D.H. participou, junto a uma Suntuosa delegação espanhola, da Festividade Nacional do Diretório Nacional Retificado da França…

A ENTRADA AO SANTUÁRIO – por Jean-Baptiste Willermoz

A entrada ao Santuário está aberta a todos, mas nem todos querem fazer os sacrifícios indispensáveis para entrar nele…

O Homen Interior é de Naturaleza Espiritual e Eterna

Os sentidos não constituem a pátria essencial do homem. O homem interior é de natureza espiritual e eterno…

Despertar do Grande Diretório das Gálias

O despertar do Grande Diretório das Gálias tem como finalidade um retorno aos princípios da Ordem sobre as bases fundacionais…

O modo da Ressurreição – São Paulo

O modo da Ressurreição: a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção…

A união das duas Naturezas

Esta união de duas naturezas tão opostas (animal e espiritual)é hoje, no entanto, o triste atributo do homem…

Sobre o silêncio que deve ser observado em nossas cerimônias

Sobre o silêncio, a música não está nem na tradição nem no espírito do Retificado, que se reveste de uma certa desnudez…

Visita do Grão‑Mestre do G.P.R.D.H. a Cochabamba

O Sereníssimo Grão‑Mestre do G.P.R.D.H. visitou os Vales de Cochabamba, na Bolívia, entre os dias 2 e 4 de maio de 2025. Durante a viagem, participou de um Capítulo de Noviciado, recebeu novos irmãos na Maçonaria Retificada, acompanhou a criação de um novo Triângulo Maçônico e ofereceu formação doutrinal. Esta visita reforça a união fraternal e a fidelidade aos princípios do Regime Escocês Retificado.

O QUE É “LA CHOSE”*?

“La Chose” é, para Martines de Pasqually e seus discípulos, a unum necessarium, fonte de tudo e para a qual tudo se orienta. Para quem e …

OS DISTINTOS RAMOS DA TRADIÇÃO

Por Jean-Marc Vivenza

“Caim decidiu oferecer um culto aos falsos deuses ou príncipes dos demônios, para que lhe dessem um poder superior ao que seu irmão Abel havia recebido do Criador…” [61]. “Caim, primogênito de Adão, é o modelo daqueles primeiros espíritos emanados pelo Criador e seu crime é o modelo daquele que esses primeiros espíritos cometeram contra o Eterno. Abel, segundo filho de Adão, constitui por sua inocência e santidade o modelo de Adão emanado após estes primeiros espíritos em seu primeiro estado de justiça e glória divina. E a destruição do corpo de Abel, operada por Caim, seu irmão mais velho, é o modelo da operação que os primeiros espíritos fizeram para destruir a forma de glória com que o primeiro homem estava vestido, tornando-o assim suscetível de estar como eles em privação divina. Aqui está a verdadeira explicação do primeiro modelo formado por Adão, Caim e Abel, devido os trágicos acontecimentos ocorridos” [68].

(Tratado da Reintegração dos Seres, Martines de Pasqually)

 

Trecho da obra de Jean-Marc Vivenza, “A Igreja e o Sacerdócio segundo Louis-Claude de Saint-Martin”:

“Mas na origem, ou mais exatamente na brutal divisão que se estabeleceu entre os cultos celebrados por Caim e Abel, o Justo, a ‘Tradição’ vai se separar, dividindo-se em dois ramos diferentes, absolutamente antagônicos e opostos entre si, tornando impossível conferir um caráter unívoco à noção de ‘Tradição’, como costuma ser tomado no caso da maioria dos autores tradicionais, mas que tem uma dupla essência, constituindo:

  1. Um ramo abeliano puro e santo dito “não apócrifo”, pois contém os elementos do verdadeiro culto e da “Santa Doutrina” que o acompanha;
  2. Um ramo Cainita, positivamente apócrifo, estranho e totalmente ignorante dos elementos do verdadeiro culto e da “Santa Doutrina”.

Assim, os dois cultos, o de Caim e o de Abel, darão origem, desde a origem da História dos homens, a duas tradições que são igualmente antigas ou “primordiais”, se quisermos usar este termo, mas de forma alguma equivalentes do ponto de vista espiritual. As etapas que levarão a bom termo a Revelação do Divino Reparador participarão, portanto, dos elementos próprios da religião primitiva transmitida pela Tradição não apócrifa, estabelecida desde a origem sobre ‘uma Palavra, um Culto e uma Lei’, três elementos que foram preservados no seio da longa cadeia que vai de Adão até Cristo (Abel, Seth, Elias, Enoque, Noé, Melquisedeque, Josué, Zorobabel, etc.) foi a detentora das bases do sacerdócio confiado a Adão pelo Eterno.”