A ENTRADA AO SANTUÁRIO – por Jean-Baptiste Willermoz
“Mencionei anteriormente a iniciação e o silêncio exigidos aos iniciados, porque efetivamente, depois do começo do mundo, inclusive antes do dilúvio, já existiam as iniciações; pois qualquer iniciação supõe o conhecimento de certas coisas ocultas do resto dos homens; e vereis nele o início da iniciação e dos compromissos maçônicos. […] Desde a origem das coisas temporais, e tão logo a geração humana começou a perverter-se, as Verdades essenciais à felicidade do homem puro tem sido veladas, e só tem sido apresentadas sob véus à multidão, lamentavelmente sempre disposta a passar por cima dessas verdades frequentemente indesejadas ou a abusar delas. […] Não os surpreenda, então, meus QQ∴ IIr∴, se a instituição maçônica conduz os homens sob o véu de um cerimonial figurativo, de alegorias, de símbolos e emblemas ao conhecimento de sua própria dignidade primitiva e ao da universalidade das coisas originais, visto que a divina providência o tem destinado assim, e são chamados a ele pelas disposições que lhes exige; Pois a entrada ao Santuário está aberta a todos, mas nem todos querem fazer os sacrifícios indispensáveis para entrar nele. Multi vocati, pauci vero Electi [Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos]”.