Fonte original:
Blog Masonería Cristiana
O QUE É “LA CHOSE”*?
Por Robert Amadou
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“‘La Chose’ é, para Martines de Pasqually e seus discípulos, a unum necessarium, fonte de tudo e para a qual tudo se orienta. Para quem e para quê. ‘La Chose’ é a Ordem dos Élus Coën, é o Templo e todos os símbolos associados, por metonímia. ‘La Chose’ é, de fato, para recapitular, a presença de Deus, sua onipresença, quando as regras são seguidas sob espécies hierárquicas. ‘La Chose’ é a Glória, ou a Shekhinah, a Sabedoria, a Sophia, seu nome técnico: o espírito bom companheiro, o Logos loquaz e o Espírito Santo vivificador que procede do Pai e é enviado pelo Filho.” (Introdução aos Angélicos, CIREM, 2001)
“O que é ‘La Chose’? Poderíamos acreditar que se trata de Cristo e alguns historiadores pensavam que o objetivo último da Ordem dos Élus Coën era invocar o Reparador, como o chamavam, ou seja, o próprio Cristo em pessoa. Penso que estamos a cair numa confusão que pode ser encorajada pela articulação um tanto fraca entre pertencer à Igreja Católica Romana e pertencer à Ordem dos Élus Coën. ‘La Chose’ não é a pessoa de Cristo, ‘La Chose’ não é um anjo de classe alguma, por mais elevada que seja, e, em qualquer caso, o homem não pode convocar os anjos das classes mais elevadas. ‘La Chose’ não é Cristo, é a presença de Cristo. Noção antiga, presença real, que encontramos novamente na tradição hebraica, a Shekhina, e que, na tradição helênica-judaica ou helênica-cristã, leva o nome de Sophia ou Sophie, a Sabedoria. Identifico ‘La Chose’ – ‘La Chose’ que é a Causa – com a presença de Deus, a presença de Deus em Cristo, que se torna sensível porque com Cristo há particularmente a Sabedoria; Sendo a Sabedoria de Deus ao mesmo tempo o próprio Verbo, mas também como a palavra de Cristo, o Verbo encarnado, não sua metade nem uma quarta pessoa, mas como seu duplo, ou melhor, seu invólucro, às vezes sozinho, suficiente para a necessidade ou precursor, às vezes concomitante. Esta ‘Chose’ se manifesta por sinais específicos. Nem sempre é fácil reconhecê-la… Nem sempre é fácil reconhecer a presença, nem a sua natureza.” (“Os vivos e os deuses, símbolos e religiões”, programa de Michel Cazenave, France-Culture, 4 de março de 2000, em Boletín Martines de Pasqually, nº 10, p. 9)
Notas:
* A ‘Coisa’ (Fr)