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Oração e Caridade nº 22

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ATA DE “RENÚNCIA” A RESTAURAÇÃO DA ORDEM DO TEMPLO (CONVENTO DE WILHEMSBAD, 1782)

jun 7, 2022História0 Comentários

ATA DE “RENÚNCIA” A RESTAURAÇÃO DA ORDEM DO TEMPLO (CONVENTO DE WILHEMSBAD, 1782)

Na segunda sessão de 29 de Julho de 1782 do Convento de Wilhemsbad, retornando às questões levantadas por ele mesmo na oitava sessão de 25 de Julho, Jean-Baptiste Willermoz conclui declarando de forma solene:

  1. Que não temos nenhum interesse na restauração da Ordem do Templo relativo as posses e riquezas que lhe foram tiradas; Mas que em todo caso, é na qualidade de maçons desejosos de participar dos conhecimentos científicos dos quais ela parecia possuidora, que temos grande interesse em estabelecer nossa filiação com ela;
  2. Que o sistema de filiação e restauração relativo aos títulos, riquezas e quaisquer posses dessa Ordem é absurdo, ridículo e ilícito, já que não temos o menor título a apresentar para sustentar tal pretensão;
  3. Que, mesmo que este sistema estivesse fundamentado sobre títulos incontestáveis, seria imprudente, prejudicial para o progresso da Ordem Maçônica, e inclusive muito perigoso para a dita Ordem e para os indivíduos que a compõem, o reconhecer, sustentar e favorecer de alguma maneira a continuação deste sistema; que no caso de alguma sociedade conhecida ou desconhecida quisesse intentar realizar de algum modo o sistema de restauração efetivo, não devemos tomar parte nela em absoluto, e inclusive devemos romper toda espécie de ligação com a dita sociedade, caso existisse;
  4. Que o Convento Geral da Ordem deverá incluir em suas atas uma declaração obrigatória para todos aqueles que estão representados, de forma nítida e precisa sobre este assunto;
  5. Que a filiação dos maçons com a Ordem do Templo seja relativa aos conhecimentos científicos da maçonaria, estando estabelecida por uma tradição constante e universal, comprovada por monumentos e testemunhos autênticos, sendo útil e necessário conservar ou estabelecer uma conexão íntima entre a Ordem Maçônica e Ordem do Templo da maneira mais conveniente e mais adequada para favorecer o progresso dos maçons em seu objetivo científico, sem que isso possa provocar a menor inquietude aos governos políticos;
  6. Rogo ao Convento Geral, em nome do Grande Capítulo Provincial de Auvérnia, registrar em ata minhas conclusões sobre as três questões acima

Posteriormente, em 21 de Agosto de 1782, se firmaria a seguinte Ata de Renúncia pelo Sereníssimo Grão-Mestre Geral e por todos os Delegados Assistentes do Convento:

“Nós, Grão-Mestre Geral, Chefes e Deputados dos Diretórios e Grandes Lojas Escocesas do Regime Retificado, renunciamos por nós, por nossos irmãos e sucessores, publicamente e solenemente, a um sistema que poderia ser perigoso em suas consequências, incompatível com a constituição atual da Europa, e capaz de produzir preocupação aos Soberanos, aos quais nossa primeira lei nos ensina a clamar e respeitar: Declaramos que se em algum momento nos foi imputado alguma restauração mal entendida da Ordem dos Templários, ou se algum irmão se afasta dos princípios sábios que temos adotado neste sentido, o desaprovaremos, apresentaremos a ofensa para desculpar-nos na presente ata, que firmamos todos por nossas mãos.”