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Oração e Caridade nº 22

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Iluminismo-DNRF
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Martines de Pascually – Por Jean Marc Vivenza

Martines de Pascually: de su conocimiento radica toda la doctrina Martinista, e inspira directamente la edificación doctrinal del RER…

A DOUTRINA DO REGIME RETIFICADO É A “PEDRA ANGULAR” ABSOLUTA E INVARIÁVE

El objeto del Régimen Rectificado es claro, se ocupa en hacer surgir de nuevo, como quisieron los fundadores de la Orden en el siglo XVIIIº, una verdadera “escuela” de sabiduría portadora de una doctrina denominada “doctrina de la reintegración”…

Algumas questões importantes sobre Iniciação Maçônica no Rito Escocês Retificado

Algumas questões importantes sobre Iniciação Maçônica no RER: Se Willermoz dedicou mais de vinte anos para compreender a Iniciação maçônica…

REGULARIDADE DO REGIME ESCOCÊS RETIFICADO

O sistema resultante da Reforma de Lyon supõe uma iniciativa de “retificação” da Maçonaria em 1778, transcendendo, segundo seus próprios critérios…

Somente a Ordem é o princípio do Regime Escocês Retificado

Somente a Ordem é o princípio do Regime Escocês Retificado. As Lojas nada mais são sociedades particulares, subordinadas à sociedade geral…

PRINCIPIOS DE RECONHECIMENTO ENTRE GRANDES PRIORADOS RETIFICADOS

Fidelidade a Santa Religião Cristã, testemunhada pela fé, tal qual se expressa no símbolo de Niceia e afirmada em nossos Rituais: “O Pai, o Filho e o Espírito Santo que são três em um”…

OS PERIGOS E A INTOLERÂNCIA DO CLERO ATUAL – por J. B. Willermoz

Não podíamos ignorar esta classe que se tornou a mais intolerante, a mais obstinada em seu sistema e a mais perigosa, porque as vezes se gabam da sua ignorância…

Maçom e Católico?

É compatível ser Maçom e Católico? Entrevista com JOSÉ ANTONIO FERRER BENIMELI. Historiador e presidente do Centro de Estudos de Maçonaria.

Discurso de 1780 a um recém-iniciado

Discurso de 1780 a um recém-iniciado: A Maçonaria é um segredo que perdura desde a criação do mundo. Este segredo tem passado de geração em …

Carta de Jean-Baptiste Willermoz sobre a Grande Profissão

Carta de Jean-Baptiste Willermoz sobre a Grande Profissão. Texto com assinatura 173, intitulado: Artigo secreto anexo a minha carta de 1º de setembro de 1807, publicado em castelhano no “Documentos Martinistas VI, Ed. Manakel, Madri, 2021.

O REGIME ESCOCÊS RETIFICADO E O ILUMINISMO

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No século XVIII, o Iluminismo, corrente de extraordinária e abundante riqueza que seria difícil e presunçoso resumir em poucas palavras, caracterizou-se por uma vontade de reconhecer acima do homem um conjunto de verdades superiores e misteriosas que ultrapassam em muito as fracas capacidades da inteligência discursiva.

Na encruzilhada de numerosas influências, o Iluminismo ia ser enriquecido pelos ecos dos monastérios, dos “Irmãos do Livre Espírito”, da Reforma (Lutero e Calvino, apoiando-se na teologia germânica que mostrou a possibilidade inovadora de uma relação direta entre o homem e Deus), da extensa difusão dos escritos herméticos, dos textos dos Cabalistas Cristãos do Renascimento, das traduções das obras dos pensadores e filósofos da antiguidade, a espiritualidade Rosa+Cruz, a disponibilidade dos escritos dos visionários do Norte da Europa (Böhme, Gichtel, etc.), tudo levado pelo sopro de uma poderosa renovação mística (influência da Ordem do Carmelo, inúmeras fundações de congregações, desenvolvimento da devoção pessoal, escritos espirituais de alto valor: Benoît de Canfeld, Pierre de Bérulle, Surin, Saint-Cyran, Fénelon, Madame Guyon, etc.), renovação que abrangerá vários círculos espirituais produzindo uma atmosfera de intensa religiosidade.

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Esta corrente iluminista durou um extenso período de tempo desde o século XVI, irradiando-se posteriormente para o século XVIII até ao momento em que as lojas operativas foram abertas aos letrados, deixando de exercer o “ofício”, e até os primeiros anos do século XIX, chegando à morte de Jean-Baptiste Willermoz em 1824, se quiser marcar uma data, já que foi sem dúvida o último e o principal dos últimos representantes a desaparecer.

Assim, o Regime Escocês Retificado deve de forma profunda a esta corrente iluminista, dentro do qual os discípulos de Louis-Claude de Saint Martin também ocupam um lugar eminente, corrente espiritual na qual está inscrito o Regime fundado por Jean-Baptiste Willermoz em 1778 durante o Convento das Gálias, sem o qual não se pode compreender, e da qual participa plenamente e representa sem dúvida, uma das expressões mais bem sucedidas do plano iniciático ligado ao destino da “Santa Ordem” de onde provém, ao longo da História, seu depositário por excelência.

Esta corrente é também herdeira de um depósito, que a relaciona com todas as sensibilidades do esoterismo ocidental, como recorda Robert Amadou (+2006): “Mas este depósito, esta Santa Ordem da qual crescem ramos e ramificações, como não anunciá-lo imediatamente? O Martinismo vem do esoterismo judaico-cristão que vem do esoterismo universal. Na sua origem formal, porém, na sua unidade radical e sob a multiplicidade dos seus avatares, o Martinismo remonta a Martines de Pasqually. Três grandes luminares traçarão o itinerário martinista: Jacob Böhme, Martinez de Pasqually e Louis-Claude de Saint-Martin. Mas Jean-Baptiste Willermoz, o Agente Desconhecido, a Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa com os seus mitos Templários e a herança dos construtores góticos também cooperaram no estabelecimento deste depósito; e os grandes iluminados do século XVIII, William Law, Divonne, Eckhartshausen; e os fiéis do pietismo, especialmente os do primeiro despertar (…). No entanto, a pérola deste depósito, o seu capital inicial, é Martines quem a colocou, e é dele que os maçons escoceses retificados o possuem, os teósofos cristãos e através deles os discípulos de Saint-Martin, muitos dos quais pertencem à Ordem Martinista”. (R. Amadou, Prefácio a “PAPUS, MARTINES de PASQUALLY”, Robert Dumas Éditeur, 1976, p. XVI).