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Oração e Caridade nº 22

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O HOMEM REVESTIDO DE UM CORPO DE MATÉRIA – por Jean-Baptiste Willermoz

“A justiça de Deus, justamente irritada com o excesso de ingratidão do homem que acabara de abusar tão horrivelmente de seu amor e de seus dons, pronuncia um terrível juízo contra ele e, como consequência necessária, contra toda a sua posteridade; Foi condenado à morte com a qual havia sido ameaçado em caso de infidelidade. Ele o expulsa e o desterra ignominiosamente do centro glorioso que havia profanado, e o precipitou nas entranhas da terra, onde se viu obrigado a revestir-se de um corpo de matéria com o qual rastejou na superfície com os demais animais, com os quais acabara de assimilar-se.

No excesso de sua aflição, e excitado pelo conselho salutar de um representante divino que lhe foi enviado, reclamou a clemência do Criador, reconheceu e confessou seu crime, e submeteu-se à expiação.

A Misericórdia aceitou seu arrependimento e, vendo-lhe ameaçado por toda a fúria de seu inimigo, de quem acabava de tornar-se escravo, lhe tomou sob sua proteção para preservá-lo dos novos perigos aos quais estava livre; e para humilhar mais fortemente seu insolente inimigo, um poderoso Mediador e Reparador lhe foi prometido para vir a reabilitá-lo durante a duração dos tempos; este vinho, e por seu sacrifício expiatório voluntário do crime do homem, tem devolvido a vida eterna a todos aqueles que desejam e aqueles que desejarão, até o fim dos tempos, reconhecer a sua poderosa mediação”.

 

(Jean-Baptiste Willermoz, 2º Caderno, Resposta à 1ª pergunta do Irmão Lajard de Montpellier, de 22 de março de 1818, sobre a eternidade das frases.)