Como se governa o Regime Escocês Retificado?
Extrato do Código Geral dos Regulamentos da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa (CBCS), decretado no Convento Nacional das Gálias realizado em novembro de 465/1778.
Título 4: Governo Geral da Ordem
Artigo I: Natureza do Governo
“O governo da Ordem é aristocrático, os chefes são Presidentes dos respectivos Capítulos. O Grão-Mestre Geral não pode empreender nada sem a opinião dos Provinciais, o Mestre Provincial sem a dos Priores e dos Prefeitos, os Prefeitos sem a dos Comendadores, e estes sem ter conferenciado com os Cavaleiros de seu distrito. Todos os Presidentes de Assembleias, Mestres Provinciais, Grandes Priores e Prefeitos tem sempre direito, depois da exposição do assunto por parte do Conselheiro, a primeira voz consultiva e a última deliberativa.
Em todas as Assembleias da Ordem prevalecerá sempre a pluralidade de sufrágio, e as decisões tomadas devem ser colocadas em prática de forma imediata, independente de qualquer recurso de apelação. Esta lei de pluralidade é sagrada e fundamental na Ordem, como em qualquer sociedade bem ordenada; esta lei é a defesa da liberdade e a garantia contra o despotismo. Um chefe ou Presidente de uma Assembleia, que queira abusar de seus poderes, até o ponto de transgredir esta lei fundamental, será considerado perjuro em suas obrigações; e incorre nas punições mais graves por parte de seus Superiores”.
Artículo III: Grão-Mestre Geral
“Não pode alterar nada na constituição da Ordem por sua própria autoridade, nem exercer nenhum poder arbitrário, nem exigir de nenhum dos Cavaleiros nada que seja contrário aos regulamentos e estatutos; todos os Cavaleiros lhe devem respeito e obediência sub estas reservas.”
Fica claro que a Ordem é governada pelos Cavaleiros, daí seu Regime Aristocrático. Portanto, a Autoridade sempre emana do Grande Capítulo Geral da Ordem, resguardando do despotismo e do poder arbitrário. O que for aprovado pelo Grande Capítulo para o bom governo da Ordem é executado imediatamente por quem a representa, que é o Grão-Mestre/Grão-Prior.
Aquele que, ostentando um determinado cargo e abusa de seu poder, contra o que está estabelecido pelos Códigos da Ordem e contra a vontade dos Cavaleiros que o elegeram para representá-los, este se converte em um perjuro. Mas se além disso, ainda justifica seu abuso em nome de Deus, então este perdeu o juízo.
Quando é instalado na Ordem Interior um Comendador ou um Prefeito, o último Cavaleiro Armado lhe devolve sua espada dizendo:
“Nós, que somos como vós, e todos juntos mais que vós, o aceitamos como Comendador/Prefeito. Se não cumprires com os compromissos que haveis prometido dar exemplo, nós o intimaremos.”
Uma belíssima frase que sintetiza o verdadeiro espírito cavaleiresco da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa.
Non nobis Domine, non nobis, sed Nomine Tuo da Gloriam.