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Oração e Caridade nº 22

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Alquimia

Extrato da Instrução Secreta dos Professos, manuscrito 5475, documento 2, da Biblioteca Municipal de Lyon, coletado por Paul Vulliaud em sua obra “Joseph de Maistre Franc-Mason”.

O REGIME ESCOCÊS RETIFICADO E A ALQUIMIA

“O mesmo erro que desviou o homem primitivo de seus atos espirituais para fixá-lo nos resultados tenebrosos da matéria, forma a base dos Adeptos [Alquimistas]. É na decomposição dos Seres materiais e pelas manipulações de sua arte, que esperam descobrir uma verdadeira luz para o homem e encontrar o espírito vivificante da natureza. Mas aquele que é iluminado pela verdadeira Ciência, sabe que não é na matéria onde a luz ou o Espírito da Vida devem ser buscados.

Para promover seu sucesso nessas buscas vãs, os alquimistas [adeptos] foram cegos o suficiente para tomar emprestado da verdadeira ciência alguns de seus meios e para dirigir sua oração sacrílega ao Grande Arquiteto do Universo, como se pudessem ignorar a lei imposta aos homens, consistindo em elevar-se constantemente acima dos atos materiais para edificar Templos dignos Dele.

Assim, o que vos deve distanciar da arte dos Alquimistas [Adeptos], é que eles usam em uníssono os meios mais incompatíveis, julgando-os igualmente necessários para a realização de sua obra. Nesta via, combinam em suas manipulações atos de ordem superior que jamais deveriam se misturar, constituindo uma distinta profanação e prostituindo-os com resultados materiais.

Por outro lado, tudo o que o Alquimista [Adepto] mais obstinado e mais versado em sua arte pode esperar de sua perseverança é penetrar até nos princípios elementares dos Seres corpóreos submetidos a suas manipulações e obter fenômenos diferentes da Lei de ação temporal individual que lhe são próprios. Ora, é justamente isso que demonstra a vaidade da Ciência dos Alquimistas [Adeptos], pois nenhum fruto verdadeiramente próprio do homem pode ser obtido por esses Seres de vida aparente.

Este é, portanto, o único termo da Ciência que os homens cegos falam com entusiasmo e que, de fato, os separa do único objeto digno de sua busca, isto é, desta Luz que todo homem pode perceber quando usa os meios que estão nele e na natureza.

Eis, meu querido irmão, o que nunca deves ignorar na Maçonaria dos Alquimistas [Adeptos]. Lembre-se, quando estiver em condições de dar seu voto para a admissão de um P., você deve examinar rigorosamente aqueles que foram defensores da arte e nunca deve concedê-lo a eles se não se convenceram primeiro de que tal trabalho não pode se aliar com a Profissão das Ciências Espirituais Divinas”.